top
Libras V
É comum a Língua de Sinais Brasileira recorrer a empréstimos lingüísticos para complementar algo ou, ainda, os surdos naturalmente captam a idéia, as significações próprias da Língua Portuguesa e convencionam o sinal semelhante na forma e no sentido, como por exemplo, o fraseologismo “segurar a vela”. Isto significa que a pessoa não quer ficar “sozinha” com casais ou casal.

Os surdos quando souberam da gíria proveniente do universo ouvinte, passaram a adotar a referida gíria na língua de sinais utilizando o sinal de “vela”. Assim estabelece, conforme a autora, uma metáfora equivalente na forma (“segurar a vela”) e no sentido (“não ficar sozinho”) para ambas as línguas. Da mesma forma, há metáfora semelhante em que é equivalente no sentido, mas diferente na forma.

Por outro lado, há sinais em que não há equivalência na Língua Portuguesa e são originários do universo lingüístico criados pelos próprios surdos.

Observou-se como exemplo de caso uma faculdade de Manaus, em que o intérprete sinalizava todas as gírias proferidas por alunos e professores ouvintes e aí os surdos começaram a aperfeiçoá-los na forma e no sentido, ocorrendo o fenômeno da metáfora equivalente. Logicamente, que se tratava de empréstimos lingüísticos, contudo o fenômeno foi observado.