Parece que a melhor maneira de descrever o que acontece nessa língua é dizer que o futuro dos verbos se exprime com a repetição da primeira sílaba da raiz, e não com a adição de algum outro pedaço de palavra, como em português. Em LIBRAS, é possível que aconteça algo muito semelhante em outros pares: Vamos explicitar mais esta questão muito interessante e que tem preocupado os morfólogos já há algum tempo: como a morfologia trabalha? A morfologia trabalha com “coisas”, mais especificamente grudando “pedaços de coisas” em outros “pedaços de coisas”? Ou a morfologia trabalha com processos, pegando uma coisa, aplicando algum tipo de regra a ela e obtendo como resultado uma outra coisa? Olhando para o português, estaríamos tentados a responder que a morfologia trabalha com coisas, porque as coisas e pedaços de coisas no português têm forma fixa, então é fácil dizer que coisas são essas – por exemplo, olhando a palavra infelizmente, é fácil ver as "coisas" in-, feliz e -mente; mas olhando para o tagalogue ou para LIBRAS, diríamos, ao contrário, que a morfologia trabalha com processos, porque não é possível dizer qual é o “pedaço de coisa” (um sinal específico ou parte de um sinal) que deve ser grudado, mas é possível dizer que uma certa parte da palavra (uma parte do sinal original) deve ser repetida.