Estaremos, portanto, apresentando evidências para desmitificar tais idéias. Quadros e Karnopp (2004:31-37) organizaram uma lista de mitos apresentados a seguir:
1 – A língua de sinais seria uma mistura de pantomima e gesticulação concreta, incapaz de expressar conceitos abstratosObserve explicação. 2 – Haveria uma única e universal língua de sinais usada por todas as pessoas surdasVeja comentário. 3 – Haveria uma falha na organização gramatical da língua de sinais que seria derivada das línguas de sinais, sendo um pidgin sem estrutura própria, subordinado e inferior às línguas oraisVeja explicação. 4 – A língua de sinais seria um sistema de comunicação superficial, com conteúdo restrito, sendo estética, expressiva e lingüisticamente inferior ao sistema de comunicação oralVeja. 5 – As línguas de sinais derivariam da comunicação gestual espontânea dos ouvintesObserve a explicação. 6 – As línguas de sinais, por serem organizadas espacialmente, estariam representadas no hemisfério direito do cérebro, uma vez que esse hemisfério é responsável pelo processamento de informação espacial, enquanto que o esquerdo, pela linguagemVeja o comentário.
Assim, como Quadros e Karnopp (2004:36-37) concluem esta análise dos mitos, ‘tais concepções equivocadas em relação às línguas de sinais compartilham traços comuns, assinalando um estatuto lingüístico inferior em relação ao plano da superfície. Todavia, as investigações mostram que as línguas de sinais, sob o ponto de vista lingüístico, são completas, complexas e possuem uma abstrata estruturação em todos os níveis de análise’.